Para quem acompanhou o evento da GENCON 2014, que aconteceu em Indianápolis nos Estados Unidos, o maior evento de jogos de mesa das Américas, algumas novidades foram divulgadas sobre O Senhor dos Anéis LCG no estande da Fantasy Flight Games. Algumas novidades surpreendentes, diga-se de passagem, pois o esperado era uma venda antecipada da continuação da Saga do Anel com The Road Darkens, que só deve aparecer nas estantes das lojas no mês que vem, mas no lugar disso foram apresentadas duas grandes novidades que provavelmente serão lançadas apenas no final desse ano ou no ano que vem.
Uma das grandes novidades para o jogo é a quarta expansão de luxo, que embasará o quinto ciclo do jogo, e é intitulada The Lost Realm, ou numa tradução livre O Reino Perdido.
Durante a leitura da trilogia de O Senhor dos Anéis pouco se diz sobre os acontecimentos ocorridos no Reino do Norte, que aparentemente ficam em paz. Na verdade essa paz se dá pelo trabalho árduo dos Rangers do Norte, os Dúnedain.
É exatamente sobre os acontecimentos ocorridos no Norte dezessete anos antes da saída de Frodo do Condado, portando O Um Anel, o objeto da temática dessa expansão, que instaura a base para o quinto ciclo Angmar Awakened.
Com ela nos voltamos para as gerações dos númenorianos que habitam o norte, os nobres Dúnedain, que trabalham para proteger secretamente o povo simples, que sequer sabe da ameaça das Sombras que os rodeia.
Em termos de jogo teremos finalmente o aproveitamento do traço Dúnedain, presente no jogo desde a caixa base, mas sem uma mecânica específica que lhes dê identidade. Assim como ocorreu com os anões durante as expansões voltadas para O Hobbit, Over Hill Under Hill e On the Doorstep, os Silvestres, após o início do quarto ciclo The Ring-Maker, e demais traços como Rohan, Gondor, Rangers, etc., os Dúnedain assumirão um enfoque mecânico inovador.
Serão explorados diversos aspectos do traço, com eventos, aliados (ao menos um dúnedain de cada esfera), acessórios e dois novos heróis, entre eles o mais ilustre Dúnedain da Terra-Média, Aragorn, que possuirá sua terceira versão no jogo, agora assumindo a esfera de tática, com uma habilidade de acordo com a proposta temática e mecânica do traço no quinto ciclo.
E o que seria essa proposta? Os dúnedain são exímios caçadores, talvez os melhores da Terra-Média, e também vigilantes, que assumem um dever de proteger, ao longo dos anos e das gerações, os povos do norte. Graças a eles que nenhum grande mal chegou ao Condado, e os hobbits tiveram sua existência quase que completamente esquecida pelos demais povos.
De forma diversa do que a maioria dos jogadores apresenta em suas estratégias naturais de manter a sua ameaça baixa e engajar com os inimigos de forma controlada, quando não muitas vezes permitir que inimigos permaneçam na área de perigo sem incomodar ninguém, os protetores Dúnedain preferem que os inimigos venham a seu encontro, e as novas cartas são no intuito de assumir uma mecânica de efeitos quando os inimigos entram em sua área de jogo, ganhando poderes dessa forma e deixando os demais jogadores em “segurança”.
Para isso o jogador deve montar um baralho que dê cabo de inimigos o mais rápido possível, de modo a poder engajar a maior quantidade de inimigos sempre que possível. É exatamente essa a idéia por trás do novo Aragorn, que vai fazer um belo estrago nos inimigos que as missões de Lost Realm irão lançar sobre os jogadores.
Sobre os inimigos, o Norte é habitado por muitos orcs, mortos-vivos e feiticeiros, e não deve ser diferente a forma com que o Baralho de Encontros será apresentado. Afinal de contas Angmar fica no Norte, e é o tema central do ciclo que segue após The Lost Realm.
Outra novidade proposta pela expansão são as “side quests” (missões secundárias), que serão cartas de missão embaralhadas dentro do Baralho de Encontros, e que quando surgirem ocasionará uma espécie de bifurcação no caminho da missão, e quando superadas, no lugar de prosseguir com a missão, serão adicionadas aos Pontos de Vitória dos jogadores.
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