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Lord of The Rings The Card Game é um Living Card Game lançado pela Fantasy Flight Games em 2011. Diferente da maioria dos cardgames ele é jogado de forma cooperativa entre os jogadores, que controlando heróis e aliados irão enfrentar desafios na tentativa de completar missões com um alto teor de narrativa no melhor estilo da Terra Média.


Os fãs do autor J.R.R. Tolkien vão se deliciar com citações que conseguem imprimir o sentimento das cartas tão bem quanto as belíssimas ilustrações das cartas. Para aqueles que não tiveram a oportunidade de ler as obras do Professor não há qualquer prejuízo. Até recentemente as missões não reproduziam as histórias dos livros, mas criavam um enredo próprio aproveitando locais e personagens, e inclusive brechas deixadas nas obras principais, como a caçada à criatura Gollum, que demanda todo o ciclo de missões de Shadows of Mirkwood.


Apesar de não ser parte da mecânica do jogo o quesito narrativa é um dos ápices do jogo. Cada partida pode ser traduzida em uma história própria que vai ser diferente cada vez que se jogue. 


Um outro ponto forte é que o jogo é realmente desafiador, não basta sentar e jogar, deve existir uma estratégia na construção dos baralhos, feita por cada jogador. Isso porque cada jogadore controle até 3 heróis, e no jogo existem 4 esferas de influência que simbolizam os principais aspectos dos personagens da mitologia de Tolkien: Conhecimento(Lore), Leadership(Liderança), Spirit(Espírito) e Tatics(Tática).


Cada esfera possui suas próprias cartas, que assumem certos papéis durante o jogo. Por exemplo, Tatics é a esfera com melhor poder de combate, enquanto Lore é a esfera com poder curativo, Spirit pode cancelar as traições de Sauron e Leadership é capaz de gerar recursos com facilidade.


Nesse sentido cada herói está vinculado a apenas uma esfera, de modo que a construção do baralho de cada jogador é limitada às cartas das esferas de influência de seus três heróis. Ou seja, os baralhos dos jogadores precisam se completar, caso contrário a missão irá derrotá-los. Imagine que não há no grupo de jogo qualquer jogador que se utilize de Tatics, os combates serão um grande problema.


Do outro lado existe um baralho de missões, que pela dinâmica do jogo revela cartas automáticamente durante certas fases da rodada. Estas cartas podem ser inimigos, locais e infortúnios, e variam a cada missão jogada. 


Cada carta de missão apresenta símbolos que indicam os baralhos de monstros, locais e infortúnios que serão utilizados para construir o desafio proposto.


Na caixa básica do jogo existem 7 encounter decks, que compõem os baralhos para se construir 3 missões diferentes, cada uma delas com desafios diferentes que impulsionam os jogadores a modificar seus baralhos a cada partida para que fiquem melhor preparados para o que está por vir. 


Estes encounter decks posteriormente serão utilizados para construir novas missões com as expansões do jogo. Como se trata de um living card game são lançadas expansões em packs e deluxe expansions, sempre com novas cartas para os jogadores e muitas novas missões, com mecânicas específicas, novos inimigos, locais e desafios que tentarão a todo custo derrubar os jogadores.


O jogo não se propõe a ser fácil, exigindo do jogador estratégia tanto durante o jogo ao lidar com os desafios propostos quando na montagem dos baralhos antes mesmo de começar a partida.


O maior desafio de fato é o jogo "solo", sem um grupo. O jogador pode sozinho tentar montar um baralho que cumpra com todos os papéis necessários para ultrapassar as missões. Não é impossível, mas é um desafio, e dos bons. Eu particularmente gosto bastante, mas me divirto com a mesa cheia e discussões entre jogadores para definir a melhor escolha. E você, gosta de desafios?

© 2013-2014 Card Game do Anel

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