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Diversas são as formas de se abordar a montagem de um baralho em Senhor dos Anéis LCG, mas o segredo para o sucesso (e também para a diversão) está em estabelecer uma proposta para o baralho.

 

Digo isso, pois um baralho pode ser montado única e exclusivamente pela sua temática, sem preocupação em um primeiro ponto com os efeitos de suas cartas, sinergias e afinidades.  Mas não me entendam de forma errada, um baralho temático pode e muitas vezes é extremamente forte.

 

Isso ocorre naturalmente pela estrutura básica do jogo, que determina afinidades essenciais entre traços das cartas. Esta questão pode ser vista claramente entre os anões das Expansões de Saga d’O Hobbit, onde seus efeitos são aumentados quando o jogador controla 5 ou mais anões em jogo, uma sinergia natural.  Um prato cheio para fazer um baralho repleto de cartas com o traço anão e que possuam afinidades com eles.

 

Sem desviar mais do foco deste tópico, o que pretendo explicar é que antes de qualquer coisa na montagem de baralho o Jogador deve definir qual a proposta daquele baralho. Então você se pergunta:  como assim proposta?

 

A proposta de um baralho é a gama de situações que o mesmo se propõe a lançar em jogo para vencer a partida. É definir qual o conjunto de funções e como ele irá cumprí-las durante a partida. Aquela idéia que você teve para dar corpo ao baralho.

 

A proposta pode ser um aspecto mecânico, que assume as regras do jogo e as explora, como pode assumir um aspecto temático, onde você vai buscar elementos nos traços e tipos de cartas que façam com que as funções propostas sejam completadas.

 

Em suma, proposta é todo o espectro de funções que o baralho se propõe a cumprir, de acordo com uma determinada dinâmica e temática de cartas.

 

Existem diversas propostas para um baralho, e as propostas podem ser estabelecidas em conjunto com outros baralhos, para que as funções dos mesmos trabalhem em conjunto para vencer a partida. Se em uma partida todos os jogadores definirem as mesmas propostas para seus baralhos, provavelmente não obterão sucesso.

 

Imagine uma partida com três jogadores onde todos pretendem com seus baralhos cumprir funções de combate. Ou seja, todos se propõem a ser combativos em essência e não deixar de pé nenhum inimigo, capaz de defender os demais jogadores e inflingir dano nos inimigos.

 

Não preciso de uma bola de cristal para saber que estes jogadores passariam maus bocados com Infortúnios e falta de progresso, dada a baixa força de vontade das cartas voltadas para o combate e dano direto.

 

O ideal é que os jogadores definam suas propostas em conjunto, e que as mesmas permitam a coexistência efetiva entre os baralhos.

 

 

Por exemplo, estou jogando com um amigo e eu sei que a missão que iremos jogar possui inimigos ferozes, logo me proponho a montar um baralho que irá protege-lo destes inimigos, e se possível eliminá-los em seguida. Minha proposta assume as funções de dano direto, ataque, defesa e cura.

 

Meu amigo, por sua vez, sabe que terei dificuldades em produzir força de vontade e lidar com efeitos sombrios e infortúnios, logo ele se propõe a lidar com os mesmos. Assim definimos funções que se completam, aumentando as chances de sucesso na missão.

 

Outro ponto relevante a ser apontado é que a montagem de baralhos, muitas vezes, é feita de acordo com a missão a ser batida. Existem missões que dependem com mais intensidade de determinadas funções, pelas quais o baralho deve se propor a preencher.

 

A partir da definição da proposta do baralho vem a escolha dos papéis. Cada jogador pode controlar até três heróis (o que é muito aconselhável). Os heróis são a base e a alma do baralho, portanto devem cumprir com papéis pré-estabelecidos na montagem do baralho dentro da proposta do mesmo.

A escolha dos heróis e consequentemente seus papéis é diretamente ligada à escolha das esferas, portanto escolha com sabedoria a esfera que melhor pode suprir as necessidades dentro das funções propostas.

 

Seguindo o exemplo anterior, escolho naturalmente a esfera de tática, e preocupado em manter meus aliados e heróis defensivos vivos a esfera de conhecimento, para cura. Escolho então os heróis Gimli, Thalin e Glorfindel. Gimli para defender, e possivelmente atacar com grande ataque após sofrer dano, Thalin para garantir alguma força de vontade toda rodada e causar dano direto nos inimigos revelados durante a fase de missão, e Glorfindel pela sua habilidade de cura e alto valor de ataque (ele ainda pode me garantir força de vontade caso não precise atacar com o mesmo durante uma rodada segura, sem inimigos).

 

Muitas vezes um herói pode ser a primeira escolha para preencher um papel na proposta do baralho, no entanto, após verificar o baralho como um todo (aliados, heróis, eventos e acessórios) uma segunda opção pode ser mais efetiva.

 

Muitos heróis podem cumprir a mesma função, o mesmo papel, mas pense no geral e num todo dentro da proposta do baralho para escolher aquele entre os possíveis heróis o qual será mais efetivo.

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