Análise da Carta

 

Um dos três anões presentes na Caixa Base do jogo e o único da Esfera de Liderança.

 

Na temática da carta Glóin já é um velho e nobre anão, guerreiro de batalhas passadas, sabendo produzir recursos das adversidades que passou.

 

É uma boa carta, mas que necessita de cuidado e de se mensurar os riscos de utilizar sua habilidade, podendo ser a derrota de um jogador afoito se mal utilizado.

 

Isso porque a habilidade dele é nada mais do que fazer recursos a partir do dano que sofrer. Sangue, suor e lágrimas, mas no fim uma bela recompensa pelo trabalho duro.

 

Naturalmente esta habilidade seria excelente em qualquer herói, o que não é diferente em Glóin, mas o que a torna ainda mais arriscada nele é a sua baixíssima defesa e pontos de vida na medida. 

 

O herói segue o padrão da maioria, sua ameaça inicial é a soma de seus atributos.

 

Ele possui 2 em Força de Vontade, sendo uma opção viável para partir em missão.

 

Ele possui 2 em Força de Ataque, não sendo o pior dos atacantes, o que pode crescer potencialmente com um certo machado que beneficia o traço "Anão".

 

Ele possui a penosa Força de Defesa em 1, o que faz sua habilidade funcionar por um lado, já que sempre passa algum dano para os pontos de vida, mas que em conjunto com seus razoáveis 4 pontos de vida pode ser uma morte certa com efeitos sombrios.

 

Glóin pode ser uma excelente escolha em baralhos que necessitam de geração de recursos rápido. Um Faramir (Core 14) na segunda rodada pode ser o motivo de sucesso rápido em uma missão que depende de Força de Vontade e aliados fortes. 

 

Sua habilidade para funcionar com todo o potencial depende de Cura, remover os marcadores de dano para que ele possa gerar mais marcadores de recurso. Fica natural a sua escolha em conjunto com a Esfera de Conhecimento, já que é a única que pode curar os ferimentos do anão.

 

Além disso, a Esfera de Tática pode ser uma escolha mais arrojada se pensarmos em uma Armadura da Cidadela (Core 40), que permitirá ao anão sofrer ainda mais danos e gerar ainda mais recursos. Nesse caso até ataques sem defesa são uma boa escolha para geração de recursos de uma única vez sem precisar deixar o anão exausto para defender.

 

Nesse sentido ele pode ser um atacante, com o Machado dos Anões (Core 41) possui uma sinergia natural que o torna um grande atacante.

 

Em todo caso, Glóin é um herói excelente que pode cobrir diversos setores do baralho, tanto como atacante, quanto defensor e partindo em missões, todos de forma razoável. E sua habilidade, ainda que arriscada, pode ser a maior geradora de recursos de todo o jogo.

 

 

Combina muito bem com?

 

Armadura da Cidadela (Core 40)

 

Quanto mais pontos de vida mais recursos você pode gerar com o anão veterano de batalhas. Ganhar pontos de vida é melhor do que curar nesse caso, você em breve vai ver de volta os recursos gastos para baixar a carta. 

 

Cura - Glorfindel (Core 11), Filha do Nimrodel (Core 58), Autopreservação (Core 72), Conhecimento de Imladris (Core 63)

 

Curar o dano sofrido é o ideal, quanto mais dano por menos recursos melhor, fazendo você aproveitar ainda mais a habilidade do anão. Além de defender o ataque você gera os recursos necessários, pensando em sobrar recursos para baixar novas cartas. Nesse sentido Autopreservação (Core 72) é a melhor escolha, mas todas as outras formas de cura são bem vindas.

 

Aumento de Defesa - Protetor de Lórien (Core 70), Aviso dos Dunedáin (SFT 26)

 

Aumentar a defesa pode ser mantê-lo vivo e controlar um inimigo engajado que pode causar danos controlados com uma cura constante, a melhor opção é Protetor de Lórien, que varia de 1 a 3 de acordo com quantidade de cartas descartadas, mas ao preço do descarte de cartas.

 

Além disso, qualquer efeito que aumente a defesa é bem vindo, mas cuidado para não aumentar demais a defesa do herói e permitir que sua habilidade pare de funcionar por falta de danos.

 

Do Fogo a Marca (SFT 33) + Canção da Sabedoria (SFT 34)

 

Sofrer ataques sem efeitos sombrios pode ser a melhor escolha para dar máxima eficiência à habilidade de Glóin, uma vez que você pode calcular exatamente a quantidade de ataque e consequentemente a quantidade de dano que o herói sofrerá. No entanto, são duas cartas que só produzirão efeito em conjunto para evitar o efeito sombrio. 

 

Vale lembrar que a esfera de Conhecimento é a que possui cartas mais caras, e assim, Glóin poderá ser o gerador de recursos necessário para o baralho que possui essa esfera possa lançar suas cartas, que em muito contam com efeitos de cura.

 

Machado dos Anões (Core 41)

 

Sinergia padrão e de sucesso, cada machado concede +2 de Força de Ataque. Excelente!

 

O personagem nas obras literárias de J.R.R.Tolkien:

 

Glóin é um anão veterano, um aventureiro e guerreiro de idade. 

 

Além disso ele é pai de ninguém menos do que Gimli, da Sociedade do Anel. O próprio teve sua comitiva em seu tempo, ele fez parte da Comitiva de Thorin, que com Bilbo Bolseiro pretenderam recuperar Erebor do domínio do Dragão Smaug, o Terrível.

 

Não duvide da capacidade desse anão, ele já fez grandes feitos.

 

No livro O Hobbit ele partiu do condado até a montanha solitária, e como o Senhor dos Anéis nos diz, ele sobreviveu a todos os fatos ocorridos durante o livro: lutou contra Trolls, Orcs, Goblins, foi preso por elfos da Floresta das Trevas, foi enredado e envenenado por Aranhas Gigantes, lutou a Batalha dos Cinco exércitos, etc.

 

Na obra anterior à Saga do Anel o anão é retratado como ranzinza e incrédulo quanto a Bilbo e suas habilidades. Durante a festa inesperada ele foi o único que em nada ajudou e sequer tocou qualquer instrumento no grupo dos anões.

 

Ele foi o autor da célebre máxima que afirmou que Bilbo mais parecia um açouqueiro que um anão. No entanto, a cabeça dura do anão expressa em sua afirmativa foi o estopim que fez com que o hobbit, em um acesso de orgulho, aceitasse fazer parte da comitiva.

 

Além disso, ele é o irmão, Óin, e ambos eram especialmente bons em montar acampamento e acender fogueiras, o que foi bem útil para a comitiva ao longo da jornada.

 

Ambos ficaram muito ricos com sua parte do tesouro, dada pelo Rei Dáin, Pé de Ferro, após a queda de Smaug e o ressurgimento de Erebor.

 

Na Obra O Senhor dos Anéis ele aparece com seu filho, Gimli, durante a reunião com Elrond em Valfenda, quando O Um Anel é apresentado por Frodo a anões, elfos e humanos publicamente. Ele ali é mais sábio e desconfiado dos elfos do que nunca (motivos ele tem pra isso).

 

Gimli e Glóin haviam ido a Valfenda buscar conselhode Elrond acerca da Colônia de Balin em Moria a pedido do Rei Dáin. Lá eles chegaram enquanto Frodo se curava da ferida sofrida no Topo do Vento, causada pelo Rei dos Bruxos, logo participaram do conselho.

 

Glóin se sentou ao lado de Frodo e conversaram sobre a situação de Erebor após a queda de Smaug, bem como sobre as figuras sombrias de Mordor enviadas como mensageiros até o reino anão para inquirir acerca de hobbits, o Condado e Bilbo.

 

Apesar de sua breve aparição ele é um dos poucos personagens de Tolkien a fazer parte das duas sagas de forma considerável.