Análise da Carta

 

Gimli, filho de Glóin, o único anão da Sociedade do Anel. O anão é ninguém menos do que o herdeiro de um dos membros da Comitiva de Thórin, Escudo de Carvalho, e como filho de aventureiro nada mais justo do que herdar também essa qualidade.

 

A carta foi pensanda para refletir o lado combativo do anão, que é muito enfatizado na obra O Senhor dos Anéis. A mecânica de sua habilidade não exalta o anão como um excelente guerreiro treinado ou com grandes habilidades especiais, o que ela se propõe é apresentar a fúria do anão diante da batalha.

 

Seus atributos são muito equilibrados e se adequam à proposta do personagem. 

 

A cada ponto de dano sofrido sua habilidade aumenta! Para cada gota de sangue um golpe mais potente! Particularmente, eu acredito que é o maior atacante de toda a Caixa Base.

 

Ele possui Força de Vontade 2, o que o revela como o valor mais alto para partir em missões da esfera de influência de Tática. Isso reflete alguns aspectos da obra, posi Gimli sabia nomear todas as montanhas da Floresta das Trevas pelo nome, e dizia não precisar de um mapa.

 

Ele possui Força de Ataque 2, mas espere... vai aumentar! 

 

Ele possui Força de Defesa 2, o que garante uma defesa sólida, mas que permite sofrer algum dano para acordar a fúria do anão!

 

Pontos de vida no valor de 5, permite até mesmo sofrer ataques sem defesa de inimigos menores arriscando o efeito sombrio.

 

Talvez o personagem seja o maior atacante do jogo, mas não o mais versátil. Em partidas multijogador a falta da palavra-chave "Ataque à Distância" faz muita falta para atacar aqueles inimigos que não estão engajados com você. 

 

No entanto, ele certamente é o personagem que possui o maior potencial para Força de Ataque, mas isso demanda comprar as cartas certas e uma despesa significante com recursos.

 

Ele cai bem com a maioria dos Acessórios e Eventos de Tática, que se baseiam no combate, o que aumenta em muito sua eficiência. Se ele receber o suporte de outras esferas pode ser uma máquina de matar.

 

Além disso, como possui atributos equilibrados, em um baralho de três esferas ele pode ser um bom diferencial para a versatilidade: atacar quando necessário, defender quando houver excesso de inimigos e partir em missão quando não houver combate.

 

Além disso o traço anão aproveita sinergias muito valorizadas no jogo, sendo uma escolha certa em um baralho desse tema.

 

 

Combina muito bem com?

 

Armadura da Cidadela (Core 40)

 

Possivelmente a melhor escolha de acessório para Gimli. Apesar de seu alto custo Armadura da Cidadela praticamente dobra a capacidade de pontos de vida do anão, o que dobra o efeito de sua habilidade, fazendo com que ele possa chegar a uma base de até 10 de Força de Ataque. 

 

Em outra hipótese ela pode permitir que Gimli mantenha alguns pontos de vida e se beneficie da habilidade, caso haja necessidade de defesa ele não será pego de surpresa.

 

Machado dos Anões (Core 41)

 

Sinergia padrão e de sucesso, cada machado concede +2 de Força de Ataque ao herói que tem por maior habilidade o seu ataque. Pior do que um anão furioso é um anão furioso com um machado em cada mão!

 

Cartas de Preparação - Coragem Inesperada (Core 57), Causa Comum (Core 21)

 

Gimli possui uma Força de Defesa razoável e muitos pontos de vida, pode ser um bom defensor, e ativar a sua habilidade sofrendo algum dano. De outra forma, sua habilidade é voltada para o ataque. Assim, o ideal é que ele ataque e defenda em uma mesma rodada. Ou até mesmo atacar dois inimigos diferentes na mesma rodada, certamente ele causará graves danos.

 

 

O personagem nas obras literárias de J.R.R.Tolkien:

 

Para os que não leram as obras de Tolkien e apenas viram os filmes de Peter Jackson fica um aviso: esqueçam o Gimli que viram nos filmes, nas obras ele não é alvo de nenhuma piada, muito pelo contrário.

 

Assim como Aragorn, Gimli, o anão, possui extenso conteúdo que pode ser explorado nesse tópico, então vou tentar ser conciso e me ater aos fatos mais importantes.

 

Gimli é modelo exemplar de Anão! Rabugento, sujo, vingativo, supersticioso, amante de ouro e pedras preciosas, maneja muito bem um machado, fiel e leal a seus companheiros e tem a cabeça dura como Mithril.

 

Ele é o filho de Glóin, um dos companheiros de Thórin, nobre em Erebor que ficou com parte do tesouro de Smaug, o Terrível, o dragão cospidor de fogo que outrora usurpou o reino dos anões e se apossou da Montanha Solitária.

 

Na época em que Glóin partiu em sua jornada com Thórin, Bilbo e os outros anões Gimli era um jovem anão de apenas 62 anos (coff coff). Uma idade baixa para o padrão dos anões. Por isso foi proibido por seu pai de se juntar à aventura, apesar do seu desejo de participar da missão.

 

Não fosse o destino Gimli teria sua parcela de aventura a seu tempo, ele participaria de eventos que definiriam o destino do mundo em nada menos do que a guerra que daria fim à Terceira Era da Terra Média e ao Senhor do Escuro.

 

Antes da Guerra do Anel Gimli presenciou a chegada de um mensageiro de Mordor no Reino dos Anões. Esse suposto mensageiro, talvez um dos nove nazgûl, fazia questionamentos acerca dos anéis do poder e entre as perguntas ouviu-se sobre Bilbo Bolseiro e o Condado.

 

Perturbado com a visita do estranho mensageiro Glóin vai até Valfenda para avisar Bilbo Bolseiro sobre o perigo e buscar conselho de Elrond. Seu filho o acompanha para sua segurança.

 

Chegando em Valfenda muitos acontecimentos já haviam acontecido a respeito dos Hobbits do Condado e lá estava Frodo, enquanto se curava das feridas que sofreu no Topo do Vento e foi resgatado por Glorfindel.

 

Em seguida ele participou do Conselho que decidiu pela destriuição do anel. Ele mesmo tentou destruir o artefato com seu machado, mas não obteve sucesso, conseguindo apenas destruir um excelente machado.

 

Como o anão era o mais jovem dentre os anões no conselho ele se colocou como representante da raça junto à Sociedade do Anel, partindo com uma cota de malha e um machado. 

Durante a viagem ele sempre preferiu passar por Moria, quando do momento de desviar dos espiões de Saruman, o Branco. Talvez porque estivesse curioso para saber o destino de seu primo, Balin, o Senhor de Moria, um dos membros da Companhia de Thorin.

 

Gimli sabia tudo sobre a história dos anões, explicou aos hobbits sobre a porta mágica dos anões de Moria, cantou a Canção de Durin quando Sam duvidou da grandeza dos salões, e aconselhou Gandalf durante a passagem quando o Mago possuía alguma dúvida quanto ao caminho. 

 

Quando Gandalf caiu para o Balrog foi o anão quem guiou a Sociedade do Anel através da Ponte de Khazad-Dum até a saída de Moria. 

 

Posteriormente em Lothlórien ele foi o único a ser requisitado que tapasse sua visão durante a passagem pelo reino élfico, o que o fez ficar muito ofendido, dada sua rivalidade nata contra elfos. Os demais membros da Sociedade do Anel em simpatia com o anão usaram todos uma venda, para que ele não sofresse sozinho em seu orgulho.

 

Já diante da Senhora Galadriel Gimli se destacou. A elfa ancestral foi tocada pela mágoa de Gimli ao sair de Moria sabendo do destino do grande reino anão e a morte de seu parente, além da perda de Gandalf. Ela conversou com o anão usando termos antigos dos anões, o que fez com o mesmo sentisse afeto por ela em um primeiro ponto, e aos poucos se tornasse solícito e amável aos elfos.

 

Além disso, quando da partida de Lothlórien toda a comitiva recebeu presentes, e quando lhe foi solicitado ele apenas desejou um fio de cabelo de Galadriel, e ela lhe deu três mechas. Por isso ele sempre foi conhecido pelos elfos desde então.

 

A partir daí ele passou a nutrir uma amizade crescente por Legolas, filho de Thranduil da Floresta das Trevas, pela bondade de Galadriel,e  ao final da Guerra do Anel ambos se tornaram melhores amigos, e por isso ele também foi conhecido por muito tempo entre os elfos.

 

Com a quebra da Sociedade Gimli, Legolas e Aragorn passaram a caçar Orcs, em busca de resgatar Merry e Pippin. 

 

Ele se enfureceu com os Rohirrim e Eomer quando foram questionados acerca de sua caçada em Rohan, mas posteriormente se tornaram grandes amigos.

 

Quando chegam a Fangorn ele é o que mais se afeta pela floresta assombrada, e não mede esforços em atacar o que seria Gandalf, o Branco, antes que ele se revelasse. Ele cai de joelhos em arrependimento e Gandalf apenas coloca a mão sobre sua cabeça, quando o anão começa a gargalhar, pela primeira vez depois que partiu de Valfenda.

 

Ele novamente se enfurece com Grimá na Corte do Rei Théoden quando o mesmo ofende a Senhora Galadriel. 

 

O Anão adora as Montanhas Brancas de Rohan e o Abismo de Helm, afirmando que o reino possui "ossos duros".

 

Ele luta muitas batalhas e faz feitos heróicos na maioria delas durante a Guerra do Anel, bem como está presente em todos os eventos importantes em que Aragorn reganha pouco a pouco a nobreza dos Numenorianos e se torna o Rei do Reino Unificado de Arnor e Gondor.

 

Após a batalha no Abismo de Helm, a Batalha de Huornburg, Gimli descobre uma caverna coberda por cristais de todas as cores, onde ele afirma ser a maior maravilha já descoberta. 

 

Após a Guerra do Anel ele se torna o Senhor das Cavernas Sintilantes, e reconstrói os portões de Minas Tirith com Mithril escavada por anões de seu domínio. Ele parte com Legolas para terras distantes e mostra ao elfo as belezas dos reinos anões e aproveita as belezas dos reinos élficos.