Análise da Carta

 

Donzela de Rohan, possivelmente o herói mais utilizado da Caixa Base do jogo, o qual utilizo até hoje.

 

A carta é bem direta e concisa no seu papel, mas trata-se de um personagem altamente especializado no que se propõe.

 

Éowyn possui um custo de ameaça 9, um valor médiano para baixo, que pode ser aceito em praticamente qualquer baralho, representa a soma de seus atributos. 

 

Seus atributos não são nada balanceados, e daí a sua grande especialização: Força de Vontade 4, o valor mais alto do jogo até hoje! 

 

Além disso ela possui uma habilidade que permite que cada jogador descarte uma carta para aumentar esse valor em 1 (um) para cada carta descartada até o final da fase, especialmente viável em jogos com 4 jogadores, chegando essencialmente a um valor de 8 de força de vontade sem utilizar nenhum recurso.

 

Está para nascer alguém tão focado em partir para a missão do que Éowyn. Essa temática foi explorada tematicamente pelo fato de que a Donzela do Escudo de Rohan nada teme, e está preparada para qualquer empecilho que a afaste de seu objetivo.

 

Muitos jogadores não conseguem viver sem esse personagem, ele supre praticamente toda a necessidade de geração de força de vontade numa fase de missão sozinha, necessitande de muito ou nenhum auxílio. 

 

Em um baralho preparado para jogar no modo Solo ela dá conta do recado, em um jogo em grupo ela permite que os outros jogadores enviem menos personagens para a missão, desde que tenham cartas para descartar e ativar sua habilidade. 

 

Não bastasse isso, o baixo custo de ameaça permite seu encaixe em qualquer baralho, bem como a esfera de espírito possui excelentes cartas de baixo custo que fazem toda a diferença para a vitória como Golpe Apressado (Core 48) e Teste de Vontade (Core 50), que podem ser reciclados com Tumba dos Anões (Core 53). 

 

Partir para a missão e gerar marcadores de progresso é um peso grande na maioria das missões do jogo, que até o segundo ciclo se baseavam quase que completamente nesse quesito. Daí a sua popularidade.

 

Não há muito mais o que dizer sobre a carta, ela é um exemplo de carta que sobressai sozinha, uma carta muito boa, cumpre com maestria sua função, e cabe em praticamente qualquer baralho sem grandes prejuízos. 

 

Vai dizer que você pensa diferente?

 

 

Combina muito bem com?

 

Aprimoramento de Força de Vontade - Pedra de Celebrían (Core 27), A Simpatia da Senhora (Core 55), Protetor de Lórien (Core 70)

 

Éwyn tem como única função viável partir para a missão, e já conta com um alto valor de Força de Vontade, aumentá-la é abrir essencial para explorar ao máximo o herói, permitindo que outros personagens fiquem preparados para as outras ocasiões que a missão exigir. Assim, qualquer carta que aprimore o seu valor é bem vinda.

 

Compra de Cartas - Riqueza de Lórien (Core 64), Busca de Gandalf (Core 67), Sacrifício Valoroso (Core 24)

 

Ativar sua habilidade de forma planejada é uma grande ferramenta para diminuir o fator sorte do Baralho de Encontros, mas para isso você precisa estar com a mão cheia e não sofrer com a falta de uma carta chave de seu baralho. Quanto mais cartas os jogadores possuírem maior será a possibilidade de descarte de algo que não seja necessário para ultrapassar os desafios presentes naquele momento.

 

 

O Personagem nas obras literárias de J.R.R. Tolkien:

 

Éowyn, filha de Éomund e Théodwyn. Matemática pura: Éowyn = Éomund + Théodwyn. Seu pai era um líder de tropas, enquanto que sua mãe era ninguém menos do que a nobre irmã do Rei Théoden de Rohan.

 

Ainda quando jovem Éowyn teve os pais assassinados por Orcs, o que a levou a se mudar com seu irmão, Éomer, de Aldburg, no Folde Oriental de Rohan para os palácios reais de Melduseld, onde foi criada por Théoden com toda a nobreza que sua linhagem permitia.

 

Éowyn foi criada com seu irmão Éomer e o príncipe Théodred, e ficou muito abalada com as notícias da morte de seu primo em batalha.

 

Durante a Guerra do Anel Éowyn se mostrou acima da média em diversos aspectos, tanto no quesito de nobreza e liderança quanto em combate.

 

A despeito da tradição dos Rohirrim onde os homens lideram e combatem, enquanto as mulheres mantém as atividades domésticas e de criação de animais, a Senhora Branca de Rohan foi nomeada Governante de Rohan durante a Batalha de Huornburg, no Abismo de Helm, na ausência do Rei Théoden e seu irmão Éomer, que passou a ser herdeiro de Rohan quando da queda de Théodred no Folde Ocidental.

 

Éowyn foi escolhida por conselho de Hamá, renomado guerreiro, que afirmou que haveria outro herdeiro para o trono de Rohan na falta de Éomer, pois todos amavam a senhora Éowyn bem como que ela não temeria mal algum.

 

Além de sua capacidade de não temer, ser amada e liderar todo o povo de Rohan, a nobre ainda era reconhecidamente bem treinada para a batalha, mesmo com a tradição cultural dos Rohirrim. E exatamente por esse traço cultural, ainda que treinada em batalha, não lhe foi permitido marchar

 

Quando Aragorn informa que irá se desprender das tropas para adentrar o caminho dos mortos nas montanhas Éowyn deseja acompanhálo e afirma não temer nada além de ficar aprisionada a um trono, desejando enfrentar o perigo da batalha. 

 

Ocorre que na ausência de Théoden e Éomer, que seguiriam para Gondor e para a guerra, ela seria a última herdeira do trono da casa de Eorl, o que fez com que Aragorn mantivesse as palavras do Rei Théoden irretratáveis no sentido de bloquear seu ingresso na Guerra do Anel como guerreira. 

 

Com todas as negativas de permissão para seguir as tropas Éowyn se veste com roupas masculinas de guerreiro e assume o nome de Dernhelm, partindo para Gondor com os Rohirrim.

 

Além dela outro personagem também foi impedido de participar da batalha, Merry, o hobbit do condado, que estava juramentado como escudeiro do Rei Théoden, deveria ficar para trás. Compadecida da situação Éowyn, ou melhor Dernhelm carregou o pequenino para a batalha em seu cavalo. 

 

Em Gondor, na Batalha dos Campos de Pellenor, Éowyn lutou ao lado do Rei Théoden, e quando o mesmo foi derrotado pelo Rei dos Bruxos de Angmar ela se lançou contra o Nazgûl.

 

Nesse ponto é interessante destacar a profecia que rondava o líder dos Nazgûl. 

 

Há cerca de Mil anos o elfo Glorfindel havia profetizado sobre o Rei dos Bruxos de Angmar e sua força. A profecia dizia:

 

Não pela mão dos homens ele cairá.

 

Veja bem, a profecia já previa a sua queda, mas aparentemente o próprio Nazgûl não entedeu bem essa parte, pois ele acreditava e afirmou ao iniciar combate que:

 

Nenhum homem vivo pode me impedir!

 

Foi Éowyn, com a ajuda de Merry quem deu cabo da profecia, cumprindo a queda do Rei dos Bruxos de Angmar durante a Guerra do Anel. Merry atacou os joelhos do inimigo em um golpe desprevenido por trás, deixando-o vulnerável para o golpe final de Éowyn.

 

Com a sua proeza em batalha Éowyn passou a ser conhecida como A Donzela do Escudo de Rohan. 

 

Apesar de seu sucesso a morte do Nazgûl causou efeitos venenosos no corpo da donzela, que somente sobreviveu pelas mãos curativas de Aragorn, um traço pertencente à linhagem dos Reis de Gondor.

 

Éowyn não se recuperou completamente até o final da Guerra do Anel, e não foi capaz de lutar outras batalhas. 

 

Nas casas de cura de Gondor ela conheceu um guerreiro que também foi ferido em combate e como ela estava se recuperando, ninguém menos do que Faramir, filho de Denethor II, o Regente de Gondor, já morto naquele momento.

 

O convívio dos dois, que se iniciou por acaso se tornou amor e após as Guerra do Anel Éowyn se casou com Faramir, que acabara de receber a região de Ithílien para governar, nomeado Príncipe, e foi conhecida como a primeira Senhora de Ithílien.

 

Eles tiveram filhos e um de seus netos foi o autor de O Conto de Aragorn e Arwen, já na Quarta Era.